sexta-feira, 8 de maio de 2015

As Ordens

"Assim como aconteceu em seu planeta, todas as manifestações espirituais presentes neste Universo começaram com a experiência e a assimilação de fenômenos por parte dos seres mortais conscientes. E do mesmo modo ocorreu com a Ordem Harashi."
Marishi Helamen
(Harashi - Os Mestres da Luz - Livro 1: A Guerra do Princípio)


A origem da Ordem Harashi remonta a uma antiga religião do extinto planeta Malavah. Há muito tempo, este planeta se encontrava em um estado evolutivo semelhante à Terra nos dias atuais. Haviam diversas crenças instaladas nele, mas uma em especial se destacava: a Religião Harah, ou Religião da Luz. Os Sacerdotes dessa religião estudavam os mecanismos de evolução do Universo.

O Halemah, emblema da Religião Harah

Por conta de conflitos políticos, a religião se dividiu, gerando inúmeros grupos que lutavam entre si por poder, e isso desencadeou uma terrível guerra civil em Malavah. Essa guerra foi devastadora, a ponto dos seus habitantes praticamente destruírem o planeta com armas subatômicas. Por sorte, alguns poucos Sacerdotes conseguiram escapar do planeta. Por sua vez, eles já tinham construído diferentes visões de como deveriam continuar a religião e se dividiram em três grupos distintos.

A ORDEM HARASHI

 Emblema da Ordem Harashi

Ordem espiritualista fundada pelos sete Sacerdotes dissidentes da antiga Religião Harah que estuda as origens do Universo e seus mecanismos.

Por conta de uma guerra civil no planeta Malavah, todos seus habitantes foram destruídos, assim como a antiga religião que deu origem à Ordem Harashi. Para preservar os conhecimentos adquiridos através da Religião Harah, os sete Sacerdotes remanescentes fundaram a Ordem, que aos poucos, começou a agregar vários cientistas do Sistema de Ashunyah, por conta dos avanços científicos promovidos pela Ordem. Com a Ordem Harashi, a religião se tornou a busca pelo conhecimento em todos os seus aspectos, incluindo, o auto aperfeiçoamento de cada Sacerdote.

Percebendo a expansão política do Sistema, a Ordem organizou a criação da Constelação, a união política e social dos planetas, contribuindo para o desenvolvimento do sistema local. Isso fez com que a Ordem se incorporasse à Constelação como parte de sua administração, sendo seu braço científico, político, e até mesmo militar.

Embora não se reconheça como organização militar, seus membros recebem como consequência de seus estudos treinamento para atuar em campanhas bélicas. Sua sede se situa no Santuário do planeta Nemashi.

Os Harashis defendem que a evolução dos seres, assim como a busca pelo Mayam’Horun, o Princípio de Tudo, deve ser estritamente individual e baseada no equilíbrio entre a fé em sua existência, nos princípios da Ordem, e Sua busca através do próprio Universo e em seus sinais. São tidos como os tradicionais sucessores da Religião Harah, e guardiões de seus antigos ensinamentos e estudos.

A ORDEM AKEHRAN

Emblema da Ordem Akehran

Ordem monástica dissidente da Religião Harah.

Quando o planeta Malavah foi destruído pela guerra civil, alguns poucos Sacerdotes da Religião Harah conseguiram escapar. Eles por sua vez já tinham construído visões diferentes de como deveriam seguir a religião e se dividiram em três grupos distintos. Um desses grupos se isolou no distante planeta Moronah, fundando a Ordem Akehran, ou Ordem dos Portadores da Chave.

Ela é composta de ascetas que se dedicam aos estudos dos mesmos princípios originais da Religião Harah. Mas diferente da Ordem Harashi, eles não possuem treinamento militar, são apenas contemplativos. Seus membros são conhecidos como Monges Akehranianos, e são regidos pelo Patriarca da Chave.

Creem em todos os princípios da Religião Harah, e alegam serem os guardiões e legítimos sucessores da antiga Fé de Malavah. Pregam a busca pelo Mayam’Horun somente através da fé e do misticismo, e não através da ciência e dos estudos do Universo, como defende a Ordem Harashi.

A ORDEM ORIHMAN

Emblema da Ordem Orihman/ Estandarte de Kamonih

Outra ordem dissidente da antiga Religião Harah, junto com a Ordem de Akeran e a Ordem Harashi.

Alguns Sacerdotes oriundos da fuga de Malavah fugiram para o planeta Kamonih, na época regido por uma opressora monarquia. Lá, fundaram a Ordem Orihman, criando uma filosofia própria em torno das crenças da Religião Harah. Nessa nova doutrina, substituíram os antigos conceitos por outros de mesmo valor, porém, sem o misticismo pregado pela religião. Seus ideais de liberdade contrariavam os costumes ancestrais, e não demorou para que entrassem em atrito com os líderes do reino. Após uma longa guerra, a Ordem de Orihman derrubou a tradicional monarquia, e assim, criou-se uma sociedade igualitária que não durou por muito tempo, até as relações comerciais com outros planetas gerarem castas tão opressoras quanto o antigo regime. Agora, os Padres de Kamonih dominam e regem a vida da população do planeta por meio de suas infindáveis leis, e pelo braço de ferro da Assembleia da Estrela do Leste e do Príncipe Planetário, o líder supremo da Ordem.

Diferente da Ordem Harashi e da Ordem Akehran, os Padres de Orihman são ateus. Eles creem que a única realidade existente é a evolução natural do homem e suas capacidades de controlar a evolução e os universos. Por meio de suas capacidades naturais, os homens podem em vida realizar verdadeiros milagres em vida, e a partir desses feitos, suas histórias os transformaram em deuses, verdadeiras lendas alimentadas pelas Ordens Harashi e dos Monges Akehranianos.

A ORDEM ZAHRAN

Emblema da Ordem Zahran/ Estandarte de Tevohan

Inicialmente chamada de Ordem dos Sacerdotes Portadores do Mistério, a Ordem Zahran foi fundada por Sacerdotes Harashis dissidentes durante o Grande Cisma.

Após vários milênios de paz e progressos, vários Sacerdotes da Ordem Harashi se tornaram orgulhos por conta de seus conhecimentos e habilidades, fazendo-os se fecharem em seu próprio círculo, não tendo nenhum contato com o Universo ao seu redor. Para eles, o sentido da vida era obter conhecimento, não importava o custo. Assim criaram uma filosofia em que as relações e sentimentos eram um obstáculo a ser vencido. Ao longo do tempo se tornaram frios. Até mesmo cruéis em suas práticas. Muitos deles acabaram entrando em conflitos reais com outros Sacerdotes, e deixaram a Ordem em meio a uma crise sem precedentes em sua história.

Outros Sacerdotes desertores se juntaram em torno de um novo grupo que aspirava pelas mesmas ambições de poder e acabaram por fundar a Ordem Zahran. Ao contrário dos Harashis, a Ordem Zahran praticamente criou uma religião particular em torno dos seus conhecimentos, a ponto de seus membros usarem um hábito bastante conhecido.

Inicialmente os Zahranianos estavam dispersos em diversos grupos heterogêneos, onde todos ambicionavam a liderança da Ordem. Ao se instalarem em Tevohan, se iniciaram conflitos entre eles mesmos, dentro dos próprios núcleos da Ordem. Os assassinatos dos líderes desses núcleos se intensificaram na busca pelo conhecimento, e Tevohan se viu a beira de uma guerra civil entre eles próprios. Então, um dos grupos mais poderosos, os dos antigos Sacerdotes da espécie dos Syhrins, temendo uma barbárie ainda pior que a ocorrida com os Padres em Kamonih, criaram o Manifesto Dourado, uma regra que é usada na irmandade até hoje, onde matar um Mago é o pior crime que pode existir, pois em sua Mente se encontra guardado um saber inimaginável. Para os Zahranianos, a única realidade palpável aos seres pensantes é a busca pelo conhecimento. Através dessa busca, os membros da Ordem podem se libertar do ciclo de evolução da vida e assim se tornarem deuses, iguais aos deuses que criaram os Universos.

Diferente da Ordem Orihman, os Zahranianos não são ateus, mas acreditam que existe uma infinidade de deuses que criam e controlam universos sem fim após seus Despertares nos mundos superiores. Entretanto, não creem em uma força suprema criadora, o Mayam’Horun - O Princípio de Tudo -, estudado pelos Harashis e os Akehranianos. Podem ser considerados, até certo ponto, politeístas, onde cada Mago é em potencial um deus de si mesmo.

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